segunda-feira, 23 de maio de 2011

Querem assassinar a Língua Portuguesa. A turma “vão” permitir isso?

Eis um dos destaques da revista Isto É desta semana: Querem assassinar a Língua Portuguesa? Confira:
Imagine a seguinte cena: na sala de aula, o adolescente levanta o braço para perguntar à professora se ele pode falar “nós pega o peixe”. Ato contínuo, a mestre pede ao jovem para consultar o livro “Por uma Vida Melhor” e dar uma olhada na página 16. Sedento por conhecimento, o aluno acompanha com olhos curiosos enquanto a docente lê o trecho proposto. O garoto, enfim, sacia a dúvida: sim, ele pode falar “nós pega o peixe”. Está escrito ali, claro como a soma de dois mais dois em uma cartilha de matemática. Com nuances diferentes, a situação descrita acima provavelmente vai se repetir em milhares de escolas públicas de todo o País. Não é difícil calcular os efeitos nefastos no futuro dos 485 mil estudantes do ensino fundamental que devem receber a obra distribuída pelo Ministério da Educação por meio do Programa Nacional do Livro Didático. De autoria da professora Heloísa Campos e outros dois educadores, “Por uma Vida Melhor” defende a ideia de que erros gramaticais são aceitáveis na língua falada. Para Heloísa, frases como “os livro ilustrado mais interessante estão emprestado” (tal pérola aparece em destaque no material) não podem ser condenadas se forem expressas verbalmente. Mesmo que em uma sala de aula.
MALTRATARAM A GRAMÁTICA: na lógica do livro que tem o aval do MEC, a frase “os menino pega o peixe” é aceitável
Autora desconhecida, sem grandes feitos na área da educação, Heloísa se viu no centro de uma polêmica que envolveu escritores, linguistas e professores. Por mais que alguma voz aqui e ali tenha defendido os argumentos de Heloísa, além dos eternos demagogos de plantão, a maioria esmagadora condenou seus métodos de ensino.
Uma das mais importantes escritoras brasileiras, Nélida Piñon tem autoridade – como poucos, a propósito – para falar sobre a língua portuguesa. Eis seu veredicto: “O livro confirma a tese de que esteve sempre em curso no Brasil o projeto de manter uma legião de brasileiros como cidadãos de segunda classe”, diz a autora de “Vozes no Deserto”. Escritor que conseguiu a rara combinação de fazer sucesso junto ao público e, ao mesmo tempo, conquistar a crítica, Fernando Morais está indignado. “Esse livro é uma barbaridade”, diz o biógrafo do jornalista Assis Chateaubriand. “Trata-se de um desastre, o oposto do que é pregado por uma pessoa minimamente civilizada.” Linguista com décadas de serviços prestados à educação brasileira e ex-professor da Unifesp, Francisco da Silva Borba amplia a discussão. “O aluno tem que ser ensinado”, afirma. “Se ele tolerar infração às regras, então para que serve a escola?”
Sob diversos aspectos, “Por uma Vida Melhor” tem potencial para piorar a existência de meio milhão de brasileiros. Se realmente for levado a sério pelas escolas públicas, a obra vai condenar esses jovens a uma escuridão cultural sem precedente. Ao dificultar o aprendizado da norma correta, os professores da ignorância terão criado uma espécie de “apartheid linguístico”, para usar uma expressão do ex-ministro da Educação Cristovam Buarque. De um lado, os ricos e bem instruídos. De outro, os jovens reféns da falta de conhecimento gramatical. Se é evidente que o livro assassina a língua portuguesa, na medida em que diz que o aluno pode, na fala, escolher usar a concordância ou não, por que diabos ele teve o aval do MEC? Procurado, Fernando Haddad, o atual ministro da pasta, não quis se pronunciar (leia quadro). A autora Heloísa Campos pelo menos não se furtou ao dever de defender sua obra. “Falar ‘os livro’ do ponto de vista da linguagem popular não é um erro”, diz a professora. “A nossa abordagem é de acolher a fala que o aluno traz da sua comunidade. A cultura dele é tão válida quanto qualquer outra.”
Embora não faça referências diretas, Heloísa repete as máximas do livro “Preconceito Linguístico”, do professor e escritor Marcos Bagno, que faz certo sucesso entre educadores modernos por colocar questões políticas e ideológicas na discussão. Bagno afirma que a linguagem reproduz desigualdades sociais – como se isso fosse uma descoberta assombrosa. É claro que sim. A questão não é essa. Em vez de manter o jovem que não domina a língua imerso na triste ignorância – a pretexto de preservar suas raízes culturais –, por que não retirá-lo de lá? Falar corretamente não é o primeiro passo para, no avanço seguinte, escrever melhor? Escrever melhor não representa uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional? Tente conseguir um emprego falando “nós vai” e você certamente terá suas chances reduzidas a zero. É simples assim.
Pode ser bonito, pode ser simpático, pode ser ousado defender o direito de as pessoas cometerem barbaridades gramaticais, mas na vida prática isso é uma tragédia. É claro que todos nós cometemos erros ao falar – intencionais ou não –, como é óbvio que, em certos ambientes, se expressar como um decano da linguística pode soar arrogante e desnecessário. Mas, na vida real, falar minimamente direito só traz vantagens e são justamente essas vantagens que autores como Heloísa Campos desprezam. “Uma coisa é compreender a evolução da língua, que é um organismo vivo, a outra é validar erros grosseiros”, diz Marcos Vilaça, presidente da Academia Brasileira de Letras. “É como ensinar tabuada errada. Quatro vezes três é sempre 12, na periferia ou no palácio.” Mesmo para aqueles que, em tese, defendem a abordagem de Heloísa, o livro é visto como uma obra menor. “Não há nenhuma novidade no que o livro diz”, afirma o professor de português Pasquale Cipro Neto. “Ele tem uma ou outra passagem meio ingênua, pueril, mas no todo cumpre o seu papel.”
Para um país que nos últimos anos vem registrando índices de crescimento assombrosos e tem a ambição de reduzir o abismo da desigualdade social, a educação é talvez a arma mais poderosa que existe. Nesse campo, conforme estudos internacionais demonstram, o Brasil está encalhado na rabeira global. Aqui pouco se lê, pouco se estuda, pouco valor se dá ao conhecimento. Não é hora de mudar? A língua, como já observaram pesquisadores importantes, é um elemento que traduz a identidade nacional. É um instrumento de unificação – e não de segregação entre os que sabem e os que não merecem saber. Ela é, acima de tudo, um princípio de cidadania. Diante da onda de protestos provocada pela notícia da distribuição de “Por uma Vida Melhor”, é possível que o livro encontre alguma resistência entre os professores. Na semana passada, a procuradora da República Janice Ascari, do Ministério Público Federal, afirmou que a Justiça provavelmente receberá uma avalanche de ações contra a publicação. Ela própria foi incisiva em seu blog. “Vocês estão desperdiçando dinheiro público com material que emburrece em vez de instruir”, escreveu Janice. “Essa conduta é inadmissível.” Se as ações vingarem, os jovens terão a chance de dizer, alto e bom som: “Nós pegamos o peixe.”
As trapalhadas de Haddad
A polêmica sobre os livros didáticos distribuídos pelo MEC não foi a única a atormentar o ministro Fernando Haddad nos últimos tempos. O episódio da fraude no Enem em 2009, quando foram roubadas provas dentro da gráfica responsável pela confecção dos testes, foi mais uma de suas trapalhadas. No ano seguinte, constatou-se erro na impressão das provas – e de novo a responsabilidade recaiu sobre o Ministério da Educação. À época, os exames correram sério risco de serem cancelados, o que acabou não acontecendo. Os equívocos não param por aí. Neste ano, surgiu a denúncia de fraudes no Prouni, com estudantes beneficiados pelo programa, mas que não se enquadravam nos limites de renda. Ao mesmo tempo, veio à tona o episódio da sobra de vagas, principalmente no caso de bolsas parciais e no programa de educação a distância, o que demonstraria uma falha administrativa. Para aumentar o desgaste de Haddad, entidades internacionais de fomento não cansam de advertir que o grande gargalo ao desenvolvimento do Brasil continua a ser o baixo nível da educação.

ESSE ARTIGO NA REVISTA CARTA CAPITAL.

Esse artigo está na revista Carta Capital e aborda a polêmica em torno de livro do MEC que ensinaria a falar errado. A revista se contrapõe à matéria da IstoÉ aqui veiculada e trata o caso com o título “Falsa questão”. Confira o texto da professora Lívia Perozim:
Mais uma vez um livro didático foi alvo de polêmica. Uma notícia divulgada pelo portal IG, por meio do blog Poder On Line, afirmou: o MEC comprou e distribuiu um livro que “ensina a falar errado”. Em jornais, emissoras de tevê e meios eletrônicos o livro, seus autores e o próprio MEC foram crucificados. Colunistas renomados esbravejaram. É um livro “criminoso”, atestou Clóvis Rossi, na Folha de S. Paulo. Dora Kramer, no Estadão de terça-feira, aproveitou para atacar Lula: “Tal deformação tem origem na plena aceitação do uso impróprio do idioma por parte do ex-presidente Lula, cujos erros de português se tornaram inimputáveis, por supostamente simbolizarem a mobilidade social brasileira.” Poderíamos nos perguntar o que Glorinha Kalil pensa do assunto, mas vamos nos ater aos fatos.
O livro em questão é o Por Uma Vida Melhor e faz parte da coleção Viver, Aprender, organizada pela Ação Educativa, uma ONG que há 16 anos promove debates e atua em projeto de melhoria educação e políticas para a juventude. Foi distribuído para 4.236 escolas e é destinado, frise, para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) – mais para frente ficará claro o porquê. Seus autores são Heloísa Ramos, Cláudio Bazzoni e Mirella Cleto. Os três, professores de língua portuguesa, autores de livros didáticos e estudiosos do tema variação linguística.
A polêmica midiática partiu da reprodução de trechos como: “Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar os livro?’. Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico”. Reproduzidos assim, descolados de um contexto, parece mesmo que a orientação era mandar às favas a língua portuguesa. Mas não é bem isso. Faltou uma leitura mais atenta, ou, pior, faltou ler a obra. O capítulo em questão, ao menos (clique aqui para ler).
Tanto é que foram repercutidas as mesmas poucas frases, retiradas de 1 dos 16 capítulos do livro. Embora o título seja auto-explicativo, Escrever é diferente de falar, vale reproduzir a proposta descrita na introdução: “Neste capítulo, vamos exercitar algumas características da linguagem escrita. Além disso, vamos estudar uma variedade da língua portuguesa: a norma culta. Para entender o que ela é e a sua importância, é preciso conhecer alguns conceitos.” Os trechos pescados pela imprensa estavam no tópico: “A concordância das palavras”. Ali, discute-se a existência de variedades do português falado que admitem que o primeiro termo de um grupo nominal indique se a frase é singular ou plural. O exemplo: “Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado.” Em seguida, reescreve-se a frase na norma culta: “Os livros ilustrados mais interessantes estão emprestados”.
Ou seja, os autores do livro mostram aos alunos do EJA, adultos que já carregam uma bagagem cultural construída pela vivência e por suas experiências educativas, que este modo de falar é correto linguisticamente, por se fazer comunicar, mas não é aceito gramaticalmente. Explica-se: a linguística é uma ciência em busca de conhecimentos sobre a língua. A gramática não é cientifica, é um conjunto de normas. É, portanto, uma parte importante, mas não representa todo o saber da língua.
A confusão está, em parte, no fato de se pretender apartar a teoria linguística do ensino da língua, como se a escola devesse parar no tempo e não deixar entrar nenhum avanço científico relativo à língua materna. “Isso sim é uma irresponsabilidade, um crime”, devolve Cláudio Bazzoni, um dos autores do livro.
Não se fala aqui de uma ciência inventada ontem. Com base em estudos antigos, os linguistas mostram que a língua é um sistema complexo, muito maior do que um conjunto de normas, que muda pela história e é determinada por práticas sociais. Sírio Possenti, professor do departamento de lingüística da Unicamp, explica: “Para um linguista, o conceito de certo e errado não tem sentido. Seria como um botânico achar que uma planta está errada. Para ele, a questão é quais são as regras em cada caso”. Posto que as noções de certo e errado têm origem na sociedade, não na estrutura da língua, ele completa: “É certo o que uma comunidade considera certo. E essa avaliação muda historicamente. Um exemplo: a passiva antiga do português se fazia com de: ‘será de mim mui bem servida’. Está na Carta de Caminha. Hoje, se faz com por.”.
A sociedade, no caso, os jornalistas – até mais que os normatistas – condenaram um tipo de conteúdo, a variação linguística, que faz parte há mais de quinze anos dos livros didáticos de língua portuguesa disponíveis no mercado, avaliados e aprovados pelo MEC. Estão, portanto, mal informados. Como ressalta o professor da Universidade de Brasília Marcos Bagno, em artigo publicado no site de Carta Capital: “Nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua… Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento”.
Pelo visto, nem tudo que parece é óbvio. Possenti resume bem o imbróglio: “Bastaria que se aceitasse que as línguas não são uniformes, o que é um fato notório, bastaria as pessoas se ouvirem”. Fica aí a dica para quem, como o jornalista Alexandre Garcia, em comentário irado sobre o livro que “ensina a falar errado”, começou a frase com “Quando eu TAVA na escola”…
* Lívia Perozim,
Professora

quinta-feira, 19 de maio de 2011

LEONEL BRIZOLA: O POLÍTICO DA EDUCAÇÃO

 o artigo “Leonel Brizola: O Político da Educação”, por Wagner Cordeiro
Wagner Cordeiro Chagas
LEONEL BRIZOLA: O POLÍTICO DA EDUCAÇÃO
Wagner Cordeiro Chagas
No ano de 2009, na cidade de Glória de Dourados (MS), tive a oportunidade de assistir a uma palestra do Movimento Educacionista, proferida pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) - um dos maiores defensores da educação no Brasil. Numa das falas do político brasiliense, este declarou que no País o setor educacional nunca foi tratado como prioridade pelos governantes, pois o mesmo não rende votos.
Concordo com a fala do legislador, mas de uma coisa penso que ninguém pode discordar, essa Nação teve sim grandes líderes que fizeram da educação pública uma verdadeira bandeira de transformação social. Um deles foi o saudoso Leonel de Moura Brizola (1922-2004).
Nascido na cidade de Carazinho (RS), Brizola ascendeu à política pelas mãos do ex-presidente Getúlio Vargas. Foi deputado estadual, prefeito de Porto Alegre (1956-1958) e governador do Estado do Rio Grande do Sul entre 1959 e 1963. De 1963 a 1967 atuou como deputado federal pelo extinto Estado da Guanabara. Cassado pela ditadura militar, exilou-se no Uruguai, Estados Unidos e na Europa por mais de 10 anos. Voltou ao Brasil somente após a aprovação da Lei da Anistia, em 1979. Nesse período liderou a criação do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Em 1982, elegeu-se governador do Rio de Janeiro, atuou como um dos líderes das manifestações pelas Diretas Já, e concorreu à Presidência da República em 1989, ficando em terceiro lugar. No ano de 1991, assumiu pela segunda vez o governo carioca. Candidatou-se pela última vez a Presidência em 1994, e em 1998 concorreu como candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com o pesquisador Claudemir de Quadros, Brizola desenvolveu, enquanto governador do Rio Grande do Sul, o programa “Nenhuma Criança Fora da Escola no Rio Grande do Sul”, iniciativa responsável por uma forte política de expansão do ensino público primário no interior daquela unidade federativa, por meio da criação de mais de mil estabelecimentos escolares. Tais instituições ganharam o apelido de Brizoletas (uma referência ao sobrenome do governador). De estrutura simples, mas embasado num forte ideal, as instituições tinham por objetivo zerar o analfabetismo no interior gaúcho.
Administrando o Rio de Janeiro por dois mandatos (1983-1987 e 1991-1994), Brizola voltou a mostrar seu empenho pela instrução pública ao colocar em prática a implantação do CIEP (Centro Integrado de Educação Pública), popularmente conhecidos como Brizolões, idealizados por seu vice, o antropólogo Darcy Ribeiro.
Esse modelo de escola pública, que recebeu inúmeros elogios, e cuja razão era levar às crianças e jovens uma educação pública de qualidade em tempo integral, acabou sendo copiado por outros gestores que criaram em seus estados e municípios modelos semelhantes (entre eles CAIC e CEU).
Num contexto onde elogiar personagens políticos está cada vez mais difícil, cabe destacar a valiosíssima contribuição que Leonel Brizola deu ao povo brasileiro. Sendo assim, o líder político gaúcho que faleceu há 7 anos deve ser rememorado por sua exemplar conduta política frente aquela que deve ser a prioridade de todo governante e da sociedade em geral, a educação de nosso povo. Que os ideais brizolistas possam servir de inspiração para as autoridades que comandam o País, os estados e os municípios. VIVA BRIZOLA! VIVA A LUTA PELA EDUCAÇÃO E POR UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E CONSCIENTIZADA!
 Professor de História em Fátima do Sul-MS, licenciado pela UFGD e fatimassulense da gema. E-mail: wc-chagas@hotmail.com

País não pode criar apartheid linguístico, diz Cristovam Buarque sobre livro do MEC com erros

Senador criticou a distribuição de livros didáticos que trazem frases como "nós pega o peixe"

O senador e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque (PDT-DF) criticou ontem a distribuição de livros didáticos, autorizados pelo Ministério da Educação (MEC), que admitem o ensino da língua portuguesa com erros de gramática. Segundo ele, o país não pode criar duas línguas, fortalecendo, assim, o que chamou de apartheid linguístico.

Você concorda que os materiais didáticos devam contemplar também as formas de expressão oral, mesmo com erros? Dê sua opinião

— Permitir a criação de dois idiomas, o português dos condomínios e dos shoppings e o português das ruas e dos campos, é quebrar o que há de mais substancial na unidade de um povo. Permitir duas línguas é fortalecer o apartheid brasileiro — afirmou na segunda-feira, em pronunciamento no Plenário do Senado.

Para Buarque, é preciso quebrar o preconceito contra aqueles que não falam bem a língua oficial. Uma saída para isso, segundo ele, é ensinar a todos o português correto. Segundo ele, o povo e a elite precisam aprender a língua oficial e sem erros. Em concursos públicos e vestibulares, lembrou o senador, não são aceitos os erros de gramática.

— Não se trata de sotaque, nem de vocabulário, mas de gramática — disse o senador.

Ontem, a Academia Brasileira de Letras (ABL) divulgou nota em que desaprova o livro Por Uma Vida Melhor, de Heloísa Ramos, distribuído a 485 mil estudantes jovens e adultos em todo o país.

— Todas as feições sociais do nosso idioma constituem objeto de disciplinas científicas, mas bem diferente é a tarefa do professor de língua portuguesa, que espera encontrar no livro didático o respaldo dos usos da língua padrão que ministra a seus discípulos — diz a nota.

Ao defender uma suposta supremacia da linguagem oral sobre a linguagem escrita, o livro admite a troca dos conceitos "certo e errado" por "adequado ou inadequado". A partir daí, frases com erros de português como "nós pega o peixe" poderiam ser consideradas corretas em certos contextos.

Apesar das críticas de educadores e escritores, o MEC não pretende retirar das escolas o livro distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático.

Entenda como é a escola dos livros didáticos:

Segundo o Ministério da Educação, a escolha dos livros didáticos não passa pelo crivo dos gestores públicos

A indicação é feita por universidades a partir de ofertas das editoras em licitações públicas

As universidades fazem a seleção com base na análise de livros sem capa e sem identificação de origem

Com a indicação, os livros vão para o catálogo do ministério. Mas o livro só é comprado e distribuído se algum professor se interessar pelo texto e fizer o pedido ao Programa Nacional do Livro Didático

Com informações da Agência Senado
ZERO HORA
Senador fez pronunciamento em Plenário - Márcia Kalume / Agência Senado,Divulgação
Senador fez pronunciamento em Plenário
Foto:Márcia Kalume / Agência Senado,Divulgação

ESTATUTO É MAIS RIGOROSO

Juiz diz que a redução favorece a impunidade



A alteração na lei da maioridade penal só pode ser feita com a instalação de uma nova constituinte. A afirmação é do juiz da 5ª Vara da Infância e da Juventude, Darival Beserra Primo, acrescentando: ´Caso fosse aprovada a redução da maioridade penal de 18 para 16 isso só agravaria a situação da violência no País´.


Conforme o juiz, a diminuição da idade penal iria favorecer mais a impunidade dos adolescentes, justificando que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é mais rigoroso do que o Código de Processo Penal, que rege os adultos.


Os garotos não têm direito a pagamento de fiança, liberdade provisória e nem podem recorrer da pena como fazem os adultos. O adolescente cumpre 3 anos de sentença, o equivalente ao tempo de prisão de um adulto que seja condenado, por exemplo, a 30 anos de reclusão. ´Mesmo em crimes hediondos o réu só cumpre 1/6 da pena´, ressalta o juiz.


Para justificar a posição de que o adolescente é punido e com mais rigor do que os adultos, o juiz diz que basta a observar a superlotação dos sete centros educacionais. Conforme o Estatuto, estes centro deveriam abrigar apenas 40 jovens, têm média, 120 em cada um.


Conforme o juiz, isso ocorre devido ao rigor do Estatuto. ´Um adulto não vai preso por uma ameaça, dano, injúria, calúnia ou direção perigosa, como um adolescente pode ser interno´. O adolescente quando pratica o primeiro ato infracional, cumpre medida em meio aberto, caso descumpra, automaticamente será interno.


´É possível encontrar garotos presos nos centros educacionais por furtos´, denuncia o juiz, indagando: ´Qual o adulto que é preso por furto?´ O juiz responde que nenhum, explicando que a pena pode ser pagamento de cestas básicas ou serviço à comunidade.


Na avaliação do juiz, a grita da população é devido à falta de informação. ´O problema é que o Estatuto não é aplicado na sua totalidade´. Muitos Estados não têm delegacias especializadas, há pouco juizes, poucas varas, faltam policiais, agentes e infra-estrutura.

Jornal Nacional vai avaliar educação em Caucaia

Jornal Nacional vai avaliar educação em Caucaia

A jornalista e apresentadora do Jornal Nacional, Fátima Bernardes, sorteou na noite desta terça-feira (17) o município de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, como a cidade nordestina a ser avaliada na qualidade do Ensino Fundamental.
Com base no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a reportagem do Jornal Nacional mostrará a escola com melhor média e a escola com pior média. A série já avaliou as cidades de Porto Alegre (RS) e Vitória (ES).
Vamos nós – Boa sorte!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Eclesiástico 20, 9-12

O barato sai caro -* 9 Na desgraça, um homem pode encontrar a salvação, enquanto que a fortuna pode provocar a ruína. 10 Há presentes que não servem para nada, e há presentes que rendem o dobro. 11 Há quem procura glória e encontra humilhação, e quem foi humilhado, mas levanta a cabeça. 12 Há [...]

terça-feira, 10 de maio de 2011

SETE MEDIDAS DE PROTEÇÃO(ART,101 DO ECA)

PTS- CAUCAIA - CONVITE.

PTS CAUCAIA – CONVITE  
Convidamos os colegas professores (as), bem como todos os profissionais ligados a educação no município de Caucaia. Trata-se de discutir os rumos e os problemas ligados as nossas profissões. Na ocasião discutiremos a possibilidade de criarmos uma entidade sindical que possa representar nossos interesses da categoria.

PTS:Transforma Caucaia

O PTS – Partido da Transformação Social, nasceu no Estado de Minas Gerais. Hoje o nosso Partido está organizado em todas as regiões do Brasil. O PTS realizou oito convenções o que revela que a sigla tem compromisso e aponta o caminho para novos embates na construção de uma posição Política Pluralista e Democrática. Partimos de um Povo lutador que não desiste nunca. O nosso objetivo é unir as raças e o fim das desigualdades sociais. Lutar ao lado dos movimentos sociais e sindicais e outros segmentos da sociedade. Nosso Partido está organizado para transformar Caucaia: buscar o diálogo com as comunidades, encarar os desafios e encontrar soluções adequadas para resolver cada problema democraticamente. Começando pelo nosso querido Conjunto Novo Metropolitano. Onde o Partido foi organizado municipalmente. Vamos levantar e defender muitas bandeiras: Educação, Saude, Moradia, Emprego dentre outras... Agradecemos a Comunidade caucaense, pois o PTS nasceu para transformar essa realidade que ai está. O PTS é uma alternativa de transformação social em favor do Povo.
Professor Fabiano Alves - Militante Político e Sub Secretário do PTS Caucaia